Não.
Sério.
O que foi
isso cara? Para!
( Não liguem se eu pareço meio louca falando comigo mesma enquanto escrevo uma resenha sozinha, sem ter ninguém aqui pra discutir, é que eu gosto de escrever exatamente como eu penso, e é assim que eu penso. Discutindo comigo mesma.)
Em Jogos Vorazes
eu não pensei, não parei e não respirei. Não fiz absolutamente nada,
simplesmente li.
Em chamas é
tão envolvente que eu não notei os olhos pesados, nem a fome, nem a posição
desconfortável do meu pescoço quando eu apoiava a cabeça na parede, nem mesmo
que eu precisaria acordar cedo no dia seguinte, eu parecia não sentir nada que
não fosse relacionado com o livro.
Em Esperança
eu quase morri, não podia acreditar que já estava no último livro, tão rápido.
EU não podia concordar com isso. Não podia deixar isso assim. Esse negócio de
depressão pós leitura veio antes de começar a ler Esperança.
Eu sabia que
quando começasse a ler eu não iria querer parar, então fiz uma breve pausa.
Protelei o máximo que eu pude, deixei de lê-lo para ler outras coisas, escrever
sobre outras coisas, mas não adiantou.
Acabou. (Rima desproposital)
E é com
pesar que escrevo esta resenha, pois sei que cada resenha postada é um livro
terminado, é uma história desvendada, é uma surpresa acabada. Pois eu poderia
sim, ler quantas vezes quisesse, mas nada se compararia a primeira vez. Nada
seria tão desesperador do que ler na velocidade da luz para descobrir logo o que
acontece.
Essa
trilogia não só ganhou uma posição no meu ranking de “melhores livros”, mas
também mexeu de um modo exorbitante em minha vida.
Enquanto eu
lia, meus sonhos e meus pensamentos mudaram de acordo com o que os personagens do livro viviam, e isso foi meio assustador.
E devo
admitir, todas as vezes que eu ouvia algum barulho parecido com o de um canhão –
pelo menos na minha cabeça parecia – eu não deixava de pensar: Menos um!
A trilogia
Jogos Vorazes é uma mistura incrivelmente bolada, com uma pontada extasiante de
romance, a criatividade de criar um mundo totalmente diferente, porém com
alusões dolorosas com o nosso é de tirar o fôlego, toda a aventura
narrada tão perfeitamente que eu não poderia deixar de visualizar cada detalhe, e, é claro, não poderia esquecer do pequeno detalhe que me ocorria constantemente enquanto eu lia. Não sei no que Suzanne Collins estava pensando ao escrever, mas eu sei no que me faz pensar.
Me faz pensar que o mundo em que vivemos está se encaminhando para exatamente o mesmo caminho, posso parecer radical demais talvez, mas é exatamente assim que eu penso. (Acorda Mundo)
A sensação é
de que ainda estou lendo apesar de tudo, as letras não saem da minha mente, as
histórias e as conversas são repassadas e repassadas na minha cabeça.
Bons Jogos de
Barulhos Vorazes, e que a sorte esteja sempre com você!
Obs: Vocês podem estar se perguntando porque eu não fiz uma resenha para cada um, separadamente.
Resposta: IMPOSSÍVEL. A história é tão perfeitamente entrelaçada que as resenhas ficariam extremamente redundantes.
Obs(2): Eu sei que vocês não perguntaram, não devem estar nem ai.
Resposta: DANE-SE. Bando de estraga prazeres.
Gwen Bridge