segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Coisas Antigas Sem Importâcia

Ok. Achei isso revirado nas minhas coisas, é um texto bem velho meu quando estava nos meus momentos macabros da vida. Talvez tirado de um sonho qualquer e misturando com algo que imaginei, eu realmente não lembro mas espero que gostem...


"Porque aquela coisa gosmenta e mucosa no chão me incomodava tanto? E porque ninguém mais parecia interessado no que seria aquilo? Torci meu nariz e tentei desviar meu olhar, mas era impossível. Desisti de tentar resistir aquela atração, aliás que mal isso poderia me trazer?
Depois de meio caminho andado, senti náuseas. Aquilo era um braço? Removi esse pensamento quase instantaneamente. Porque senti medo? E o calafrio na espinha? Olhei ao redor e ninguém se importava, apenas um garoto de aparência jovem com cabelos desgrenhados e pretos me observava com um grade sorriso encorajador e maléfico. Ele apontou o queixo em direção à coisa mucosa no chão e quando pisquei meus olhos, ele não estava mais lá.
"Que estranho, Marcela, você esta me pregando peças?" perguntei mentalmente a minha outra 'personalidade', ela apenas se escondeu mais fundo nos meus pensamentos. Ok, ela estava estranha demais.
Voltei minha atenção ao estranho garoto perdido e o procurei por meio da multidão, mas ele havia sumido. Olhei novamente para a estranha coisa mucosa e com certa hesitação continuei meu trajeto inútil. Quando me abaixei atrás do banco da praça e olhei com atenção para aquilo senti vontade de vomitar e chorar, além do horrível medo que me empalideceu e provocou um impulso não previsto de correr. O que consegui fazer foi cair de bunda no chão frio e molhado.
Ninguém parecia se importar com meu ataque. Como aquilo era possível? O que era aquilo? Era um sonho? Talvez uma ilusão de minha outra eu desgovernada? Olhei mas uma vez e dessa vez me obriguei a realmente ver, sem gritar ou correr.
Era algo parecido com um feto de ET de 30cm, seus membros tinham a cor de um preto claro, a cabeça de um azul asqueroso e o tronco num tipo de roxo que eu nunca havia visto antes. Havia gosma saindo dos seus poros lubrificando todo seu "corpo" e um muco preto a emoldurava no chão. Aquela coisa morta embaixo do banco era de alguma forma, que eu provavelmente nunca entenderia ou saberia explicar, eu."


Lucy Collins

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